quinta-feira, 16 de julho de 2020

APRENDIZAGENS DE TERAPIA





Desde 2015 quando fui estudar em SP faço psicoterapia. Na época o presbitério que eu fazia parte me disponibilizou um psicólogo. É muito daora porque você trabalha o autoconhecimento, você dá as respostas que você quer pra você mesmo e não o psicólogo, pois ele te conduz a uma reflexão da sua vida. Trabalhei muito limitações, pois eu não conhecia bem os meus, no sentido de que até onde eu posso e vi tenho direito em dizer “não” para convites e nisso fui me conhecendo.
Desse que falo foi meu segundo psicólogo que me atendia em Sorocaba, mas a primeira vez que passei foi em SP, ela era boa, mas rolava um boato que ela falava para o diretor do seminário sobre coisas íntimas dos alunos, não sei se isso era verdade, mas se for, ela é muito infeliz. A terceira psicóloga que passei foi no bairro Jardim Guanabara em Campinas, essa faço questão de registrar o nome dela que é Cláudia P., ela me ajudou muito, quantas e quantas vezes fui triste, sem vontade e pra baixo e quando saía da sessão, saía animado, feliz e com vigor. Meu primeiro psicólogo e ela fiz um agradecimento especial em minha monografia do seminário.
Agora este ano meu presbitério me disponibilizou uma psicóloga e um psiquiatra de graça, no psiquiatra nem cheguei a passar, porque sei que ele me prescreveria remédios e eu não gosto de tomar remédios, além do que me fazia muito mal, era caro e me fez engordar 17 kg a mais! Acredito sim que Deus deu a ciência a nosso dispor, mas não acredito que para o momento eu deva voltar a tomar, pois estou desde 2018 livre! O psiquiatra Dr Fábio de Campinas me passava, mas eu nem comprava.
Esta última psicóloga com que fiz terapia, acho que durou 4 meses, não me lembro, ela é de Sorocaba também e eu fiz online, pela primeira vez terapia assim e gostei. Com ela trabalhei sobre decisões tipo decidir não seguir no ministério pastoral e dentre outras coisas bem íntimas, mas com ela aprendi que eu posso dizer “não” as pessoas sem ofendê-las, aprendi que posso tomar decisões com que façam com que eu me sinta bem e feliz, decisões que não carregarei como um peso para a vida toda, foi libertador dizer a ela o que eu sentia.
Foi muito bom saber que Deus pode me usar em outras áreas, não só no pastorado, mas para a glória e louvor dEle. Eu me preocupava muito com o que meus parentes iriam dizer, meus amigos, professores e com os adolescentes com quem trabalhei, mas houve um apoio tão grande, a amizade continua normalmente, mas só quero estar mais sensível a escutar o que Deus tem para mim. Fiquei muito chateado sim, de fazer 6 entrevistas e nenhuma dar certo, inclusive a Junta de Missões Nacionais da IPB não me aceitar pelo fato de eu ser solteiro. Vê se pode! Reverendo C.A.N me ligou falando que não fui aceito por ser solteiro e me disse que quando eu estivesse casado com 5 filhos eles pensariam no meu caso! Que falta de respeito, 4 anos frequentando a Junta de Missões em Campinas, eles sempre se fazendo de coitados porque falavam que faltavam obreiros para o campo, mas quando têm, não aceitam.
A terapia também foi boa para pensar que nem todas as perguntas que fazem pra mim precisam de respostas. Eu tinha uma ânsia sei lá, uma necessidade de ficar respondendo aspectos da minha vida, mas vi que não preciso responder a tudo que me perguntam e posso manter em sigilo coisas minhas.
Por último, perguntei a psicóloga antes de agradecê-la pelas sessões que ela me concedeu do porque ela acha que eu devo voltar para a medicação. O primeiro motivo que ela me disse é que eu confundo e não sei distinguir bem o que é real e o que é imaginário. Essa conversa veio à tona quando conversei com ela que tem brincadeiras que não sei diferenciar se é brincadeira mesmo ou verdade e esse problema é antigo, pelo que eu lembre desde 2015, ou seja, pra ela eu vivo no mundo da lua, foi isso que eu entendi, e o outro motivo é que ela me disse que eu tenho pensamentos de morte, pode ser, não sei, ela disse isso a partir do momento em que contei a ela o sonho que tive de estar embarcando num ônibus e minha prima e minha mãe num carro, nisso vejo um outro carro de bandidos passar ao lado delas em alta velocidade e o ônibus indo a frente, e a dúvida era, o carro pegou elas ou não? E eu fazendo uma interpretação deste sonho pude ver que há um receio no meu subconsciente de perder meus pais e parentes próximos, algo que já reflito nisso.
Recomendo a todos (as), com certeza, a fazerem terapia.

terça-feira, 16 de julho de 2019

O DESEJO DE MORRER


A morte pra mim não se apresenta como uma inimiga, mas como amiga. Mesmo eu não querendo a presença dela, ela me diz que um dia serei dela. A morte pra mim se apresenta como sendo uma esperança, um conforto, um alívio que nunca de fato tive. Dizem que do outro lado a vida é melhor e eu quero ir pra lá desfrutar desse bem maior. Só quero que o sofrimento passe, pois doi e isso me corroi por dentro, pois penso que não vou dar conta, penso em desistir, penso que não vou conseguir. Mas me vem a memória uma fala de alguém que anos atrás me disse: eu escolho você pra mim, pra cumprir os meus propósitos que são bondosos pra sua vida, não desista porque sozinho você não está, pois estou contigo nesse caminho e te guio em paz.


terça-feira, 23 de abril de 2019

SAUDADES, VÓ SANTINA!



Estava eu em Americana-SP, minha mãe liga chorando e me diz: A vó Santina faleceu. Eu estava deitado me recuperando de uma joelhada na coxa que me deram em comemoração do meu aniversário. O estado dela era grave, mas ela faleceu bem no dia do aniversário dela depois do meu. Um vazio no peito veio, nunca participei de uma guerra, mas pelo que li sobre esse assunto a sensação que tive assim como minha família, foi como que tivéssemos perdido uma batalha. Estávamos sem chão, a vó se foi... Vô Hélio, Vô Lora, Tio Carlão, Tia Cida (minha mãe biológica), Tio Matias, Tia Roseli, Tia Nair, Tânia e agora a vó. Pessoas passam na nossa vida sempre com algum propósito. Não será igual chegar na casa da vó, chamá-la e não vê-la saindo para nos receber, não será igual ligar para ela e perguntar: Vó, pode ir almoçar na sua casa? E ela dizer: Podem vim, não será igual nadar na Tapera (Rio do Turvo) sem antes ela falar: Cuidado lá, não será igual olhar na janela e não ter ela ao lado pra falar pra gente se ia chover ou não, e o natal que sempre fazemos na casa dela? Não será igual o natal sem ela. Todos que passavam pela casa dela sempre tinha alguma coisa a aprender dela. O que é poiá, o que é ficar de beke, o que é reinar, o que é ter um coração loko de bão que é o coração que ela tinha. Nós não estamos falando para a senhora um tchau, mas um até breve, pois sabemos que aqui neste mundo, Vó, só estamos de passagem, o nosso lugar é onde a senhora está agora, no lugar em que o espírito volta para Deus. Se eu pudesse te dizer eu diria:  MUITO OBRIGADO PELA VÓ QUE A SENHORA FOI PARA TODOS NÓS!

Dicionário Bateiense, da Família Anhaia (Bairro Bateia de Cima), um dialeto local:

Carão de Urso: Cara feia, emburrado. 
Maração: Mau ação.
Marotão: Menino mal criado.
Poiá: Fogão a Lenha.
Jacuboy: Pessoa metida a rico.
Especula de rodinha: Pessoa que quer saber de tudo, saber de mais das coisas.
Pélocredo: Credo.
Pataquada: Mentira.
Pintchá: Jogar.
Moleo: Jogar (também).
Fique de Beke: Aguarde, espere.
Reinar: Pensar.
Do Mai Bão: Muito bom!
Loko de bão: Bom demais!
Deus que o tenha no Reino da Glória, são expressões da Família Anhaia e que minha vó falava bastante.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

SERIA TER VISÕES?


Esses dias tivemos uma notícia triste aqui no seminário, que um aluno do segundo ano teve uma recaída e caiu nas drogas novamente. Digo novamente porque ele foi usuário há 5 anos. Triste também porque era um cara gente fina e depois do ocorrido descobrimos outras falhas em seu caráter, falhas tão profundas que caracteriza uma pessoa ainda não regenerada. Mas o assunto que quero relatar não é necessariamente esse, mas que tem relação. Pode parecer herege isso que irei relatar. Mas esse seminarista esteve sumido por 3 dias, e na madrugada em que ele apareceu na portaria do seminário às 5h da manhã, momentos antes, 20 min antes eu tinha levantado para ir ao banheiro, ao abrir a porta do quarto, ao sair, não sei explicar ao certo, mas me veio à mente o seguinte: “O ‘fulano’ está vindo, ele está próximo, eu sei, eu sinto isso”. Interessante que parece que nesse momento eu me desliguei das coisas ao meu redor e quem diria que 20 min depois ele estaria na portaria do seminário? Sinceramente não acho que é coisa da minha cabeça. Não é a primeira vez que isso me acontece. A primeira vez foi quando fiquei num meio de três ruas, parado e desligado do mundo ao meu redor, e algo me falava: “Pra lá, vai pra lá, não reto”, e eu fui. Presenciei um senhor em apuros numa barroca carregando um fogão, e foi um senhor com sua esposa os mesmos que evangelizei por quase dois anos. Outra vez eu levantei para ir ao banheiro, e algo me dizia, “vai para o estacionamento, o porteiro está em apuros, em perigo!”, nesse dia eu não fui. No dia seguinte fiquei sabendo que entrou um cara no estacionamento e que quase roubou o carro do Wenderson que hoje está em Foz do Iguaçu. Se essas experiências forem realmente visões, me perdoem se escandalizei alguém, “pois com base no NT isso não é comum. Mas não podemos dizer que hoje Deus não possa tratar de forma direta com alguém. Acredito que isso não é uma doutrina, é uma questão entre a pessoa e Deus. Em acontecendo, não podemos julgar se é verdade ou não” (Palavras do Rev. Augustus Nicodemus). É uma experiência específica.

domingo, 23 de setembro de 2018

PESSOAS QUE VEM E VÃO




Se repararmos no tempo que as pessoas ficam com a gente, veremos que é um tempo curto demais. Há pessoas que vem e ficam, mas há pessoas que vem e vão. Estive vendo fotos da minha puberdade, das pessoas com as quais estudei, são pessoas que vieram, poucas ficaram e muitas se foram, também uma família querida que tinha grande amizade e aproximação, é uma família que veio, e também já se foi. Há pessoas que vem e vão, acredito que para lidarmos com situações que não voltam mais e lidar com a saudade a qual nós brasileiros conhecemos bem, é aproveitarmos ao máximo as pessoas enquanto elas estão com a gente.  

23/09/18

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

BATALHA APOLOGÉTICA COM OS MISSIONÁRIOS MÓRMONS


(Imagem Ilustrativa)
Hoje entrei numa batalha apologética com os mórmons. Tudo começou quando dois amigos do seminário estavam na rodoviária de Campinas e uma das missionárias mórmon viu um dos meus amigos com a camiseta do Chile e veio perguntar pra ele se ele era chileno, ele disse que não, e os dois disseram que eram seminaristas presbiterianos. Eles conversaram com as missionárias e as missionárias perguntaram se podiam fazer uma visita e eles disseram que sim, pois queriam receber visitas delas kkk. A visita foi marcada, mas quem veio aqui no seminário foram dois homens, um deles era das Filipinas. Eu não sabia que eles estavam aqui, nisso eu estava estudando e um amigo me convidou a ir lá no quarto também, pois eles estavam aqui. Pra minha surpresa eu chego e todos estavam quietos escutando o que o missionário falava. Ele leu Mt 16:18 que diz: “ Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Depois de ler este texto, ele disse que a igreja é firmada em 3 pilares, Jesus Cristo, os apóstolos e os profetas e ele nos contou que depois da morte de todos esses, a igreja de Jesus Cristo acabou. A Igreja de Jesus Cristo deixou de existir. Nisto eu levantei a mão e perguntei a ele: Você não acabou de ler que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja firmada em Cristo? Então me prove biblicamente que a igreja de Cristo acabou. Outra coisa, se seu fundador morreu, alguém não poderia dar continuidade? Só porque o fundador morreu, acabou a igreja?
Ele me disse que estava na Bíblia, mas eu disse a ele que queria que provasse biblicamente falando. O cara me chamou de teimoso, levou pro pessoal a discussão, era só uma pergunta, eu até falei pra eles que é incoerente a fala deles, ora nem as portas do inferno podem prevalecer contra a igreja, ora a igreja de Jesus teve o seu fim? Mas no fundo no fundo, a história que ele iria terminar, mas não terminou, é que ele iria dizer que a igreja acabou pra mostrar que Jesus deu autoridade ao falso profeta Josef Smith, fundador da seita Mórmon pra dizer que Josef Smith fundou a “verdadeira igreja” que é na concepção deles, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mas conhecida como igreja dos mórmons.
Numa fala dele sobre o evangelho de Mateus, aproveitei pra citar uma outra passagem que também está em Mateus: “Pois todos os profetas e a lei profetizaram até João” (Mt 11.13). Pois bem, aqui está um conceito do AT aplicado ao novo, expliquei a eles. Quando um rei ia visitar alguma tribo ou povoado, uma pessoa ia na frente e avisava o povo pra se preparar para a chegada do rei, ‘se preparem, se preparem, o rei está chegando’. Quando a Bíblia diz que João prepara o caminho para o Senhor, a ideia do texto é que João, o batista vem a frente pregar sobre o arrependimento e para que o povo se preparasse porque o rei estava chegando, neste momento do debate eu perguntei para o missionário mórmon, ‘quem é o rei que João batista estava anunciando?’ Ele me disse: Jesus. Pois bem, A lei e os profetas profetizaram até João, Jesus é o último profeta, não há profetas depois dele. Ele me perguntou como eu sabia disso, eu disse que a Bíblia diz, ele me perguntou o que era a Bíblia para mim, disse que era a única regra de fé e prática, disse que a Bíblia é suficiente para nós, não precisamos de outro livro além dela. Nisso ele me disse que eu estava atacando o livro de mórmon, eu disse não só o livro de mórmon, mas todos os livros que contradizem o que Deus nos revelou em sua Palavra. Disse a eles que um mórmon me disse que a Bíblia só tem valor com o livro de mórmon. Nisto ofereceram café a eles, eu disse que eles não tomavam por questão religiosa e logo o cara deu um "migué" e disse que voltaria numa outra oportunidade.

CAFÉ DA TARDE NA CASA DO FELIPE E DA EDNA


(Imagem Ilustrativa - Foi mais ou menos essa cena que vimos)

Certa vez, eu tinha 8 pra 9 anos de idade, o Felipe meu amigo desde os 4 anos me convidou pra tomar café na casa dele. Fomos a cozinha, quando vimos tinha um cara que pulou no quintal dele e depois estava andando no muro, a Edna mãe dele chamou a polícia imediatamente. Logo escuto gritos, era uma mulher que ao saber que tinha ladrões na casa, estava desesperada pra saber como estava o seu irmão que estava lá dentro, se assassinaram ele ou não. Foram momentos difíceis, aquela multidão na frente da casa e os policiais chegaram, eles entraram e nós curiosos também. Ao entrar vimos a TV, rádio no chão que não conseguiram levar, mas algumas coisas sim. Mas o tenso era abrir a porta e ver como o cara estava, o policial abriu e ao abrir o cara lá dentro no perguntou: ‘o que está ocorrendo?’, graças a Deus estava bem e não ouviu nem viu nada, isso porque entraram 3 homens na casa dele.