Desde 2015 quando fui estudar
em SP faço psicoterapia. Na época o presbitério que eu fazia parte me
disponibilizou um psicólogo. É muito daora porque você trabalha o
autoconhecimento, você dá as respostas que você quer pra você mesmo e não o
psicólogo, pois ele te conduz a uma reflexão da sua vida. Trabalhei muito
limitações, pois eu não conhecia bem os meus, no sentido de que até onde eu
posso e vi tenho direito em dizer “não” para convites e nisso fui me
conhecendo.
Desse que falo foi meu segundo
psicólogo que me atendia em Sorocaba, mas a primeira vez que passei foi em SP,
ela era boa, mas rolava um boato que ela falava para o diretor do seminário
sobre coisas íntimas dos alunos, não sei se isso era verdade, mas se for, ela é
muito infeliz. A terceira psicóloga que passei foi no bairro Jardim Guanabara
em Campinas, essa faço questão de registrar o nome dela que é Cláudia P., ela
me ajudou muito, quantas e quantas vezes fui triste, sem vontade e pra baixo e
quando saía da sessão, saía animado, feliz e com vigor. Meu primeiro psicólogo
e ela fiz um agradecimento especial em minha monografia do seminário.
Agora este ano meu presbitério
me disponibilizou uma psicóloga e um psiquiatra de graça, no psiquiatra nem
cheguei a passar, porque sei que ele me prescreveria remédios e eu não gosto de
tomar remédios, além do que me fazia muito mal, era caro e me fez engordar 17
kg a mais! Acredito sim que Deus deu a ciência a nosso dispor, mas não acredito
que para o momento eu deva voltar a tomar, pois estou desde 2018 livre! O
psiquiatra Dr Fábio de Campinas me passava, mas eu nem comprava.
Esta última psicóloga com que
fiz terapia, acho que durou 4 meses, não me lembro, ela é de Sorocaba também e
eu fiz online, pela primeira vez terapia assim e gostei. Com ela trabalhei
sobre decisões tipo decidir não seguir no ministério pastoral e dentre outras
coisas bem íntimas, mas com ela aprendi que eu posso dizer “não” as pessoas sem
ofendê-las, aprendi que posso tomar decisões com que façam com que eu me sinta
bem e feliz, decisões que não carregarei como um peso para a vida toda, foi
libertador dizer a ela o que eu sentia.
Foi muito bom saber que Deus
pode me usar em outras áreas, não só no pastorado, mas para a glória e louvor
dEle. Eu me preocupava muito com o que meus parentes iriam dizer, meus amigos,
professores e com os adolescentes com quem trabalhei, mas houve um apoio tão
grande, a amizade continua normalmente, mas só quero estar mais sensível a
escutar o que Deus tem para mim. Fiquei muito chateado sim, de fazer 6
entrevistas e nenhuma dar certo, inclusive a Junta de Missões Nacionais da IPB
não me aceitar pelo fato de eu ser solteiro. Vê se pode! Reverendo C.A.N me
ligou falando que não fui aceito por ser solteiro e me disse que quando eu
estivesse casado com 5 filhos eles pensariam no meu caso! Que falta de
respeito, 4 anos frequentando a Junta de Missões em Campinas, eles sempre se
fazendo de coitados porque falavam que faltavam obreiros para o campo, mas
quando têm, não aceitam.
A terapia também foi boa para
pensar que nem todas as perguntas que fazem pra mim precisam de respostas. Eu
tinha uma ânsia sei lá, uma necessidade de ficar respondendo aspectos da minha
vida, mas vi que não preciso responder a tudo que me perguntam e posso manter
em sigilo coisas minhas.
Por último, perguntei a
psicóloga antes de agradecê-la pelas sessões que ela me concedeu do porque ela
acha que eu devo voltar para a medicação. O primeiro motivo que ela me disse é
que eu confundo e não sei distinguir bem o que é real e o que é imaginário.
Essa conversa veio à tona quando conversei com ela que tem brincadeiras que não
sei diferenciar se é brincadeira mesmo ou verdade e esse problema é antigo,
pelo que eu lembre desde 2015, ou seja, pra ela eu vivo no mundo da lua, foi
isso que eu entendi, e o outro motivo é que ela me disse que eu tenho
pensamentos de morte, pode ser, não sei, ela disse isso a partir do momento em
que contei a ela o sonho que tive de estar embarcando num ônibus e minha prima
e minha mãe num carro, nisso vejo um outro carro de bandidos passar ao lado delas
em alta velocidade e o ônibus indo a frente, e a dúvida era, o carro pegou elas
ou não? E eu fazendo uma interpretação deste sonho pude ver que há um receio no
meu subconsciente de perder meus pais e parentes próximos, algo que já reflito
nisso.
Recomendo a todos (as), com
certeza, a fazerem terapia.
